sábado, 22 de setembro de 2007

A INFLUÊNCIA DA MEDIA

O processo de democratização do País será reforçado com a realização de novas eleições gerais previstas para o próximo ano.

Estudos têm demonstrado que a media é capaz de reposicionar os problemas sociais na esfera política. Em outras palavras, a media tem a capacidade de legitimar as eleições, definindo as questões sociais que devem ser enfrentadas pela nação .

A media pode influenciar decisivamente na transformação de um problema tópico em uma situação problemática, tanto em nível individual quanto da sociedade.

AGENDA - SETTING

n A media não tem o poder de controlar ou determinar as vontades dos eleitores, mas pode influenciar as acções dos indivíduos no debate público.

n Isso porque mais do que determinar o que pensar, a media consegue definir sobre o que se deve pensar.

n A maior parte dos estudos de cobertura da media tem utilizado os conceitos da tradição de agenda-setting do conteúdo da media ( Mc Combs & Shaw, 1972) para interpretar as influências que os meios de comunicação podem ter em uma disputa eleitoral.

n De acordo com essa teoria, o público define a agenda de debates a partir do que é veiculado pela media.

n Segundo essa hipótese, quando a media faz a selecção e tratamento dos factos sociais que virarão notícias, está influenciar na determinação dos temas sobre os quais as pessoas passarão a discutir.

n Ela não influencia necessariamente o comportamento do indivíduo sobre um assunto ou questão, mas delimita o conjunto de temas sobre os quais o indivíduo deve pensar e formar uma opinião.

QUADRO ELEITORAL


n Lei de imprensa
n - Lei Eleitoral
n - Lei do tempo de antena
n - Lei de Radiodifusão
n - Lei de Televisão



NOVAS EXIGÊNCIAS

n Metas:
n Informação correcta,
n interpretações competentes sobre essa informação
n pluralidade de opiniões sobre os factos.
n exigência qualitativa muito superior à do passado
n refinar capacidade de seleccionar, didactizar e analisar.
n Atender aos princípios gerais:
n jornalismo crítico, pluralista, a partidário e moderno
n agregar às preocupações da Redacção outros desafios:
n jornalismo de serviço e a adopção de novas técnicas visuais.

n Necessidades:
n valorizar o investimento em reportagens, em detrimento da opinião
n mais sensível aos movimentos da opinião pública
n maior agilidade

TEMAS ELEITORAIS
n legislação eleitoral
n Campanha
n pesquisas
n orçamento
n avaliação de políticas públicas
n documentos eleitorais
n registo eleitoral,
n filiação partidária,
n revisão do eleitorado,
n propaganda partidária,
n rotinas cartorárias
n cálculo do quociente eleitoral
n Calendário

JORNALISMO POLÍTICO
n O jornalismo político se ressente de vários problemas:
n O noticiário político que produzimos ainda exclui o grande público.
n a cobertura de dimensões desmesuradas,
n o uso do jargão impenetrável,
n a despreocupação com o didactismo,
n a negligência para com o dever de informar sobre como atuam as engrenagens do Estado.
n a relação promíscua entre certos profissionais e suas fontes
n os conflitos de interesses que se dão com jornalistas que acumulam funções em veículos com a actividade de assessoria,
n a excessiva proximidade de certos repórteres com o governo ou com a oposição, em detrimento da necessária (tentativa de) isenção.
n a ênfase dada à forma, em prejuízo do conteúdo.

IMPRENSA EM ANGOLA

n A divulgação de informação, precisa e correcta, é dever dos meios de comunicação pública, independente da natureza de sua propriedade.

n A existência de uma imprensa forte, saudável e plural é fundamental para consolidação da democracia e preservação das liberdades democráticas.

n O jornalismo propriamente dito ameaça tornar-se, em Angola, uma actividade cercada por outros interesses assumidos pelas empresas jornalísticas.

n Mais do que a competição acirrada, a acção de preferências económicas e ideológicas sobre o noticiário e o atraso educacional impõem restrições ao nível médio do jornalismo que se pratica no País.

n Em defesa do interesse público e da ordem democrática, deve-se utilizar os meios disponíveis e adequados para concorrer no sentido de salvaguardar o rigor e a objectividade da informação e garantir os direitos do cidadão angolano de ser devidamente informado;

n O princípio básico a ser considerado é que o exercício da profissão de jornalista é uma actividade de natureza social e de finalidade pública, mesmo quando exercida em veículos da iniciativa privada.

A capacidade das empresas jornalísticas de preservar e ampliar a distinção entre seus interesses económicos e sua autonomia editorial, compreendendo que esta convém àqueles, depende também, em parte, de seus níveis de investimento em tecnologia e pessoal qualificado.

n A nível internacional, os programas de qualidade se converteram em imperativo de gerência empresarial. Embora a qualidade jornalística seja em parte insusceptível de se medir em termos objectivos, ela tem pelo menos uma dimensão apta a ser quantificada e submetida a programas desse tipo: os erros.
A adaptação de programas de qualidade à esfera das redacções tem mostrado que é possível reduzir a incidência dos erros de forma (linguagem e digitação), ao mesmo tempo em que abre caminho para um combate metódico aos erros mais importantes, os de conteúdo, cuja identificação, prevenção e rectificação ainda são, quando muito, incipientes.

Um comentário:

Soberano Kanyanga disse...

Os nossos "mais velhos" na profissão serão muito mais admirados se fizerem este exercício académico. Parabéns.